E aí leitor, como vai você?
Eu não costumo adentrar nos assuntos aqui postados, mas costumo sempre fazer uma análise um tanto crítica, mas não tão evoluída, sobre o assunto proposto, para entender como eu pensava, penso e pensarei a respeito de tal assunto.
Eu comecei a ler um livro um tanto curioso, exemplarmente escrito e muito revelador sobre coisas que ainda são discutidas pelo mundo todo, desde os seus primórdios de integração na história humana.
O Código Da Vinci é um livro instigante, muito bem elaborado e influenciado sobre os aspectos político-religiosos que, de certa forma, consegue fazer uma analogia bem crítica a respeito do que foi, é e será, a tão aclamada crença e disputa religiosa.
Antes de mais nada, quero ressaltar que: não, eu ainda não li o livro por inteiro. Para ser ainda mais sincero, estou apenas no capítulo 6 dos seus 105 capítulos, incluindo os seus agradecimentos, prólogo e epílogo que compõem 423 páginas de puro entretenimento com ênfase histórico-religiosa, fora o seu bônus final com um trecho do livro que enfatiza o início das aventuras de Robert Langdon (personagem principal de O Código Da Vinci), Anjos e Demônios, do ilustre escritor Dan Brown (há boatos de que o autor foi assassinado por saber demais sobre assuntos religiosos-científicos, o que é uma mentira).
Dou a Dan Brown o mérito por me fazer entender e reavaliar algumas coisas que eu sempre pensei que tive noção quanto a certas questões religiosas mas nunca compreendi, de fato, o seu verdadeiro significado.
Simbologia Pagã, o que é isso?
Para entender a simbologia pagã, é preciso entender, primeiramente, o paganismo.
O paganismo é, resumidamente, um estilo de crença religiosa dos camponeses antigos (do latim paganus, que significa camponês, rústico, etc), que se refere às tradições religiosas politeístas (religiões com dois ou mais deuses, não importando o gênero/sexo).
Meu objetivo para com este artigo é simples: demonstrar a linha tênue entre o sentido literário (se é que posso dizer isso) dado à simbologia pagã e o satanismo.
Embora qualquer fonte de pesquisa afirme o real sentido do paganismo, a ideia popular ainda é questionável: por que ainda as pessoas associam pagão com demoníaco?
Filmes hollywoodianos estão aptos a convencer qualquer pessoa de que o paganismo é, simplesmente, uma adoração ao dito como ‘mal’, ou o ‘contrário-do-bem’. A verdade é que o relatado pelos filmes não é uma verdade nua e crua, mas sim uma adaptação que vem desde as épocas em que o cristianismo tentava se impor como religião monoteísta superior a quaisquer outras religiões politeístas. Há pessoas que usam o termo neopaganismo para se referir a este tipo de paganismo, e eu o acho extremamente eficiente neste contexto.
Voltando às simbologias pagãs, há um símbolo extremamente conhecido e antigo (se não o mais conhecido), usado há mais de 4.000 anos antes de Cristo, chamado de pentagrama
O pentagrama, assim como qualquer outro símbolo pagão, é um símbolo que não tem um significado concreto, pois sua interpretação depende exclusivamente do lugar onde ele está situado e de sua referência no contexto histórico daquela região.
Dizer que o pentagrama tem um significado único seria como dizer que os capuzes brancos da Ku Klux Klan tem o mesmo significado nos Estados Unidos e na Espanha, sendo que, na verdade, esses capuzes significam ódio e racismo nos EUA e na Espanha significam fé religiosa.
Afirmar com certeza absoluta (isso é redundante?) o significado da simbologia pagã é algo muito relativo, quase impossível de se “acertar na mosca”, pois os símbolos tem significados diferentes em lugares diferentes.
Há quem diga que o pagão é o ser adorador do demônio, e este tipo de pessoa está: ERRADA.
Os pagãos eram como os índios, viviam no meio rural (ou selva) e não tinham recebido ensinamentos cristãos, e por isso se apegavam às velhas religiões da natureza, tal como Zeus é o deus do céu (existe uma grande diferença entre deus e Deus) e Hades é o deus do inferno.
Voltando ao pentagrama… Ele é um símbolo ‘pré-cristão’ relacionado a adoração à natureza. Nesse tempo em que a conhecidíssima mitologia grega reinava, o mundo era dividido em duas metades: masculina e feminina. Quando masculino e feminino estavam equilibrados, havia harmonia mundial, e o símbolo dado a isso seria o Yin e Yang.
O que explica a falta de bom senso dada ao pentagrama, na contemporaneidade, é que ele foi, primeiramente, usado para representar o lado feminino de todas as coisas, conhecido pelos historiadores de “o sagrado feminino” ou “a divina deusa” e agora representa um símbolo demoníaco que, na visão de teóricos conspiratórios, significa Lúcifer, o Anjo-Caído, ou simplesmente o Diabo.
Não é querer generalizar por parte das pessoas, mas o mundo está do jeito que é pela falta de conhecimento que nos damos o prazer de ter.
Espero que, após ler este post, você saiba o que pensar a respeito do verdadeiro significado da simbologia pagã (relacionada à natureza, e não ao satanismo) quando souber de algo a respeito do assunto por parte de alguém que não tenha o verdadeiro conceito sobre isso, achando que tem a verdade na ponta da língua.
See Ya!