Um Brasil acostumado

Prezo uma mudança, mesmo que vagarosa, a partir de cada um de nós.

Quando discutimos sobre algum assunto relacionado ao mau desenvolvimento de tais lugares no mundo, lembramos do Brasil. Isso não se deve simplesmente ao fato de que sejamos um país emergente mas, também por pensarmos em nós como indivíduos, e não como uma população. Portanto, é esperado que, com esta proposta de reconhecimento nacional, você possa ter acesso a uma mente mais flexível sobre o que acontece à sua volta, mas não ao seu lado.

A miséria está relacionada diretamente a muitos brasileiros, em forma de pobreza, saneamento básico rudimentar, desemprego constante, baixa escolaridade formacional e fome, como alguns exemplos. Mas, acima de tudo, a miséria também se correlaciona a cada um de nós, mesmo que não percebamos.

Neste país onde nos dizemos democratas e agimos como máquinas capitalistas, deixamos nossos direitos de lado e focamos mais em nossos deveres; Tudo por medo do sistema, medo de deixarmos de ser normais, medo de seguir aquele paradigma imposto pela sociedade; Medo de sermos rejeitados por pensarmos diferente. E a miséria nada mais é que essa angústia de querer mudar positivamente e não podermos, pois nos sentimos privados de tal direito – mesmo reconhecendo ele.
Não sei como é viver em um lugar onde me falte água, comida ou conforto necessário para viver dignamente bem, mas sei como é viver sendo vítima de uma padronização nacional que me faz pagar o dobro do valor necessário em impostos para ter o direito de andar em ruas sem pavimento ou até mesmo esburacadas.

A partir do momento em que você se reconhece como cidadão brasileiro, você chega a uma conclusão simplória e de senso comum: o governo deveria empregar o dinheiro no conjunto… mas não! Ele desvia para o bolso de indivíduos que, não sei por quais motivos, ainda continuam eleitos em mais altos cargos representativos deste país.

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